quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sangue


E pelo seu corpo escorre tão vermelho tecido.
Vermelho como a fúria que a pouco corria em suas veias.
Desliza com textura fluida e contorna os seus traços.
E ,pelo seu rosto, segue enquanto seus olhos aos poucos se fecham.

Vai pelo chão manchando o tapete persa de vermelho.
Chegando aos cacos da garrafa de vinho, antes atirada contra a parede.
O carpete ,antes azul, torna-se rubro como a paixão.
Paixão que antes sentira e que agora lhe escorre pelas mãos.

Seus ,finos e delicados, dedos tentam inutilmente tapar a ferida.
Porém, de muito mais fundo escorre a dor.
Não das profundezas de seu corpo estirado ao chão,
Mas do âmargo de sua alma retalhada pelo ódio.

E em seu último suspiro imagina o que houve,
E pensa nos momentos felizes que viveu,
E pensa nas tristezas que deixou,
Mas seu último pensamento foi...

...Como é linda esta cor vermelha..

Um comentário:

  1. Suas poesias são incríveis.
    Gostei principalmente de sangue.
    Se vc pudesse conferir um pouco de minhas poesias eu ficaria grata: http://www.resgateapoesia.blogspot.com/
    Muito obrigada, pelo poema. 'como é linda esta cor vermelha'

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